sábado, 20 de dezembro de 2014

A ETERNA OBRA DE ARTE... NÓS!

Em uma das minhas publicações no início deste ano sob o título de  Manifestar-se, eu descrevia, mesmo sem real clareza do propósito, que estaria a iniciar uma jornada muito diferente, a de manifestar-me para a vida. Quem tiver a curiosidade de acessar o link vai perceber nas entrelinhas o meu desejo de ousar, de falar, de agir, em fim... De revelar. 

Sabe, em quanto eu vou desenrolar aqui meus devaneios, gostaria que você que me lê tentasse puxar pela memória qual era o seu propósito para o ano de 2014, alias, você tinha um propósito? 

O meu propósito não era nada claro, muito menos objetivo, e pior, era segredo para mim mesmo. A única coisa que eu tinha como bússola era os meus medos, as minhas dores e uma sede de conhecimento. Detalhe, sede de auto conhecimento. 
É possível se perguntar: "Como que medo e dor podem conduzir alguma coisa, esses não são paralisantes?"

Acrescento aqui, para poder dar base nas minhas pobres palavras que terão a pretensão de explicar alguma coisa, o seguinte;
Nietzche admirava os gregos por não terem pela vida um senso de tédio mesmo dominados pelo senso de tragédia. Os gregos tinham uma alegria a despeito da tragédia. Ele sugeria que os gregos transfiguravam a tragédia por meio da beleza e complementava dizendo que, a beleza não elimina a dor, mas quando a dor se torna bela, ela perde a capacidade de nos destruir. 
Eu me aproprio do pensamento de Nietzche e vou além, quando a dor se torna bela, mais do que perder a capacidade de nos destruir ela nos dá propulsão para construir, força para ir além...


Da onde eu tirei essa capacidade de embelezar a dor? Não sabia, até que... 
Vou contar mais abaixo! (Eis o objetivo desse texto)

Pois bem, o meu propósito foi revelado, o Grandioso Pai me concedeu o pedido que fiz lá no finalzinho do texto "Manifesta-me", e não tenho outro sentimento que senão GRATIDÃO por tudo e por todos nos lindos dias de 2014, ano esse que se aproxima do fim. 

Dentre tantas coisas linda que eu aprendi esse ano, uma delas faço questão de deixar registrado e de convidar você para reflexionar a respeito;

Todo fim de ano e começo de um novo a gente elabora, mesmo que tímido, projetos, planos, objetivos, propósitos. Concorda? Já conseguiu lembrar qual foi o(s) seu(s)?
E sempre nas nossas orações, vibrações e pensamentos pedimos a um PODER MAIOR que nos permita realiza-los. É interessante que sempre fazemos isso em 1º pessoa. 
Que EU possa... Que EU consiga .... Que EU tenha... Que EU supere... Isso porque acreditamos que o processo é individual e intransferível. Eu ainda acredito nisso como construtor de nossa evolução, mas agora como uma das premissas e não como a única, porque eu aprendi e pude comprovar que a minha evolução é total dependente da evolução dos que me cercam. 

Aí, eu volto na pergunta lá de cima... 
Da onde eu tirei essa capacidade de embelezar a dor? 
Não sabia, até que aprendi, que eu sou uma construção de relações. Que o que eu sei é resultado de experiências com os meus semelhantes. E que nada é meu, tudo me é compartilhado. 
Se eu tenho a capacidade de embelezar a dor é porque compartilhei isso de alguém ou de vários alguéns. Então comecei a investigar os meus e foi surpreendente os resultados. A cada qualidade minha eu comecei a investigar a matriz, delicioso foi perceber que não existe uma unica manancial, que são as relações entre tantas mananciais que criaram e imprimem minha alma. 

"Alguém me pedindo para ver a alma?
Veja sua própria forma e seu semblante, 
Pessoas, bichos, plantas,
Os rios de água correntes,
as pedras e as areias,
Tudo retém os júbilos do espirito
E os libera a seguir...

Quero fazer poemas das coisas materiais
pois imagino que esses hão de ser 
os poemas de mais espiritualidade, 
e farei poemas do meu corpo e do que há de mortal,
pois acredito que eles me trarão os poemas 
da alma e imortalidade."

Walt Whitman




E aí me peguei pensando que essa ALMA está o tempo todo em construção, semelhante a uma grande obra de arte sem fim, e que cada vitória minha é resultado de uma vitória em equipe, que cada progresso é resultado de uma impressão nova em mim, que a gratidão, citada acima, é um sentimento que reuni as pluralidades das almas, das relações, das experiências numa comunhão que transforma a magnitude do todo na simplicidade do uno. 

Confucio já dizia que aprender sem pensar é perda de tempo, então pense comigo;

As realizações do ano, as alegrias, as oportunidades, os aprendizados são exclusividade de minha individualidade?
Sou melhor apenas por mérito meu?
(...)

Imagino que não seja inevitável pensar: 
Então se sofro é porque os outros contribuíram para isso?! Errado. 
Gosto da analogia do meu inspirador Rubem Alves onde ele diz o seguinte;

"Mosaicos são obras de arte. São feitos com cacos. Os cacos, em si, não tem beleza alguma. Mas se um artista os ajuntar segundo uma visão de beleza eles se transformaram numa obra de arte. Musicas são mosaicos de sons. Notas são cacos. Não são nem bonitas e nem feias. Mas se um compositor as organizar numa "frase" elas passam a dizer algo. Transformam-se em temas. Sonatas e sinfonias são feitos com temas entrelaçados. Também nós somos feitos de caco."

Ou seja, eu organizo os cacos da minha alma. 
Como eu estou a compor o meu Mosaico? Se sofro deve haver uma desarmonização na composição, não?! 
Será que não estou a insistir com um caco que não combina com a minha obra de  arte? 


Contudo afirmo, só consegui alcançar meu propósito deste ano porque vários caquinhos se deram de presente para mim. O meu mosaico está ainda mais lindo com a passagem de 2014.
Cada caquinho tem uma história e uma energia única que me compõem ainda mais feliz!








Num pensamento arriscado e ousado eu suspeito que JESUS, mais do que nos ajudar, ELE se fez um de nós porque também queria deixar seu mosaico ainda mais lindo. Sua passagem pela terra rendeu a ELE e a nós cacos estonteantes.











Quando chegar o momento da introspecção e da oração, aquele momento em que nosso coração bate forte diante as luzes que enfeitam a noite, aquele momento onde uma energia pulsa fortemente, momento de passagem, que possamos proclamar... 
Que Nós possamos... Que nós consigamos  .... Que Nós tenhamos... Que Nós superemos...

Para que o nosso  mosaico fique ainda mais lindo em 2015  precisamos que todos possam render muita matéria prima.  





sexta-feira, 21 de novembro de 2014

LÂMPADAS DO CORPO, PARAÍSO, PSICOLOGIA E O MUNDO QUE ALMEJAMOS.

Diz um dito bíblico que os olhos são lâmpadas do corpo. Desta forma, se os olhos são bons vemos coisas boas. Se os olhos são ruins vemos coisas sinistras.
Será então, que diante a situação de estarmos vendo coisas errôneas e ruins no mundo, deveríamos procurar um oftalmologista? 

Não resisti em não ser irônica. 
A minha pergunta é uma forma de ilustrar o quanto perdemos a capacidade de nos interiorizar. Estamos vivendo numa época em que todas as respostas devem são objetivas, exatas, precisas e externas. Todos os problemas do mundo, e também os nossos, tem respostas no externo, no fora, no outro.
Não conseguimos enxergar, porque como a analogia do inicio nos diz, os nossos olhos estão com defeitos, e com isso só conseguimos ver no externo erros, problemas e etc...
Existe uma frase que diz: " Quem não tem o paraíso dentro jamais encontrará fora", mas eu vou um pouco mais além disso... Todos temos um paraíso interno, o problema é que fomos responsáveis por esquece-lo, desdenha-lo, abandona-lo, e com isso nossos olhos que são alimentados por esse paraíso adoecem e não conseguem mais ver beleza e esplendor.
O ciclo fica vicioso, o paraíso esquecido faz os olhos ficarem doentes, os olhos doentes só veem coisas ruins. Como consequência disso, as conclusões não são outras que se não, "o mundo está perdido". Quem já não exclamou isso?!

Mas eu afirmo, o mundo está doente porque os nossos paraísos internos estão em total abandono, destruídos e marginalizados;


" E os Homens se vão a contemplar os topos das montanhas, as vastas ondas do mar, as amplas correntes do rio, a imensidão do oceano, o curso dos astros, e não pensam em si mesmos"


Talvez eu sofra o que muitos amantes da psicologia sofreram, a critica de que estou psicologizando tudo. Desculpa, mas quanto mais leio e estudo mais fica claro que a ferramenta eficaz para melhoria do mundo é a psicologia. Ela é capaz de auxiliar cada individuo a melhorar as "lâmpadas do corpo" porque carrega a sabedoria de como restaurar nossos paraísos internos.



Quando cada um for capaz de zelar e estabelecer contato com seus paraísos, então os nosso olhos serão capazes de ver que o mundo não está tão perdido assim.

" A terra continua partida e podre só para aquele ou aquela que está partido e podre"
 Walt Whitman



É verdade que esse nosso mundo interno oscilará entre luz e escuridão, em alguns dias estará belo, noutros sombrios, mas o que não caracteriza abandono. O problema não está em ser nublado ou escuro, o problema está em não dar importância, valor, consciência para este "lugar" tão importante dentro de nós. 

Aproveitando o enredo pergunto a você que me lê;
  • Como está o funcionamento dos seus olhos para o mundo? 
  • Você reconhece a existência do seu paraíso interno?
  • Se sim, qual a condição que ele se encontra? Zelado por você ou abandonado?
  • Lembre-se, a forma como se vê o mundo te ajuda a elaborar as respostas acima;

Infelizmente tem pessoas que fazem de tudo para omitir e não assumir sua intimidade profunda, como consequência são tristes e amargas. Mas ainda agravam a situação, pois sem que possam perceber contribuem para que seja ampliado o lado sinistro do mundo, pois se recusam a dar sua contribuição. Nesse estágio, o egoismo é tão largo e engessado que sufoca todas as virtudes, as fazendo perambular como zumbis pelos caminhos da vida. 
É com pesar que eu admito que já fui uma dessas....

Depois de uma longo período sendo triste e amarga identifiquei tudo o que escrevi acima, hoje estou a mapear e zelar o meu paraíso. Confesso,  está longe de ser "Fernando de Noranha"..kkkk, mas tenho me esforçado para que nunca mais volte a ser a um mausoléu.  
Hoje tenho um sentindo realmente amplo e profundo para me esmerar nessa empreitada, eu quero ser contribuinte ativa para que a "TERRA NÃO CONTINUE PARTIDA E PODRE"
















quarta-feira, 15 de outubro de 2014

MESTRE, QUEM?....

Caramba, levei um suto quando percebi que desde o mês de agosto não me permito estar aqui.
Esse cantinho é muito importante pra mim, ele surgiu com uma necessidade de transbordar coisas profundas. Eu na época me questionava dessa necessidade, afinal porque não fazer um diário, algo bem privativo e pessoal? (Por sinal, hoje tenho). Não sei, tinha que ter uma espécie de publicação, a necessidade de compartilhar, de deixar registrado em algum lugar, mesmo que ninguém visse...
Eu me julgava por isso, achava ser prepotência minha querer, de certa forma, transmitir ensinamentos. Eu? Ensinamentos? O que uma pirralha de vinte e poucos anos pode querer transmitir?Um algoz em mim insistia em dizer que eu não tinha esse direito, mas em contra partida uma espécie de outro ser dentro de mim chegava a me torturar me impulsionando a realizar algo que eu não entendia o porque.

Torturada por ambos os lados, me joguei nessa "empreitada". Alguns que estiverem lendo podem pensar; "Nossa, o que pode haver de tão importante no ato de ter um blog?"

Pois bem, imaginem vocês que desde os meus 5 anos o meu sonho de que quando crescesse seria ser professora. Levei esse sonho comigo até meados dos meus 17 anos quando os caminhos da minha vida mudaram. Bem, aí é outra história. Voltando aos 17 anos, queria fazer a graduação em Letras e então poder exercer como uma das tarefas profissionais a de lecionar língua portuguesa. Durante esse trajeto (entre sonho e a possibilidade de realiza-lo)  sempre estive um pouco enamorada com essa arte de lecionar. Fui catequista, e me realizava em preparar conteúdos para transmitir aos sábados, fui coordenadora de grupo jovens e também foi uma grande satisfação ser instrumento de novas tomadas de consciência junto daqueles que assim como eu queria despertar para a vida.
Na escola e colégio não perdia a oportunidade de estar a frente da turma para apresentar trabalhos, em quanto todos os meus colegas relutavam com a exigência dos professores eu me deliciava em ter que se preparar com o conteúdo para  levar aos que estariam lá pra escutar.

Se não bem analisado, contado assim, parece coisa de gente que gosta de se aparecer né?! kkk

Eu achava mesmo que eu excedia. Ouvia coisas como "carroça que faz muito barulho é vazia" e pensava: Será que essa não sou eu? Querer fazer tanto barulho não é sinônimo de estar oca por dentro?

De tanto me auto punir, apaguei o meu facho, abri mão do meu sonho e me condenei a silenciar. Foram anos tristes, porém nunca consegui sossegar por completa, ora ou outra era conduzida por essa força que insistia em fazer barulho, fosse em bate papo com os amigos, fosse numa reunião de trabalho, quando via já estava causando. Os feedbacks sempre foram positivos, as pessoas sempre me aconselhavam em procurara algo para exercer esse "dom" de causar. kkk
E sem que eu pudesse planejar algo, o fluxo da vida foi me apresentando circunstancia que puseram a resgatar o meu sonho infantil.

Desta forma, o blog foi a minha primeira ferramenta que de forma consciente a uso com um motivo especial... Transferir conhecimento! Não, a minha ideia não é dizer o que é certo e errado, ou tecer verdades... Já sofri muitos com pessoas que fizeram isso comigo. É horrível se sentir errônea comparados à outros,  abaixo da média, louca e etc... A minha ideia aqui e com futuros projetos é mostrar que todos somos errôneos. Esconder nossos erros debaixo do tapete ou disfarçar que somos perfeitos através de posturas ensinadas por regimes disciplinadores nos torna infelizes, superficiais e tão logo depressivos. A minha ideia é que todos, um dia, tenhamos a coragem de se espor, pois assim não existirá melhores ou piores, seremos todos iguais em busca de um objetivo, evolução. Por isso gosto de publicar minhas alegrias, minhas reflexões, minhas inquietações, minhas sombras...O objetivo é mostrar que todos padecemos e erramos e com isso somos livres para criar nossos próprios caminhos...  

Hoje, depois de 12 anos retornei ao banco da escola. A escolhida não foi letras e sim psicologia. Na verdade, como eu sempre digo, ela me escolheu.
Mas agora tudo fica mais claro... Não era necessidade de se aparecer, não era egocentrismo... Era o meu chamado que obstinamente, querendo eu ou não, me impulsionava.

Intuo que num futuro não muito distante estarei eu realizando o meu sonho de criança, e outros também que surgiram com o amadurecimento da minha consciência.

" Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina" Cora Carolina

Pra mim essa é a máxima do verdadeiro mestre.
Sem me dar conta, tudo o que eu sempre quis foi e é - transferir o que aprendi  e aprendo com a vida.

Hoje já não vejo essa minha atitude como absolutista. Ao perceber os tantos mestres e mestras que passaram pela minha vida, ao sentir gratidão por cada um deles, sinto orgulho de ser e querer conservar essa "algo" que tanto admirei naqueles que passaram por mim.
O que me faltava era aceitação, amor próprio e coragem!
***Os mestres que me refiro não são apenas aqueles que fazem mestrados, me refiro às tias, avos, pais, amigos, pessoas que nos surpreendem com suas sabedorias e as reparte conosco. 

Hoje em especial, por conta do dia 15/10, quero agradecer àqueles que exercitam sem pestanejar o Altruísmo, àqueles que colocam minúsculos carrapatos em nossa cabeça fazendo um coceira danada, coceira na inteligência, àqueles que nos mostram múltiplas alternativas ao invés de uma única resposta correta, àqueles que se esforçam para não serem apenas mestres em aplicar testes e provas, mas que nos ofertam suas experiências de longos períodos acadêmicos nos preparando para os saberes da vida...
Aos professores desde o jardim de infância, aos doutores da universidade.... Obrigada!
Essas figuras são e serão uma das fontes mais vivas de minha inspiração.




quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aprender é ....

Desde a minha ultima passagem por aqui já se vai quase um mês.
(Nunca me faltou inspiração, porém um tanto relaxada não me dedicava pra compor. Agora a inspiração brota, mas o "tempo"  está de mal comigo... kkkkk)


São aproximadamente 4 semanas passando 3:30 hrs do meu dia numa instituição do conhecimento. Um lugar onde eu me alimento. Alimento meu intelecto, amplio minha consciência, e dou de comer a minha alma. Porém tenho percebido que nesse lugar a fome muitas vezes não se sacia, pelo contrário, saio de lá com ainda mais fome. Saio muitas vezes perturbada, angustiada, inquieta, porque saio sem entender nada, ou pior, o que pensava entender não está entendido.
Essa sensação de pisar em terreno movediço é amedrontador. Acostumada a uma metodologia coesiva, palpável e estabilizante, mas confesso que entediosa, sinto a dificuldade de não entender, de não saber, de não ter certezas.
A Faculdade pra mim está sendo uma prática interessantíssima do APRENDER.



Aprender vai muito além do assimilar, do entender, do memorizar... Tenho aprendido que APRENDER é análogo a humildade e tolerância.
 Quem nunca se sentou para aprender jamais poderá se levantar para ensinar. Ter a dedicação e o empenho de se tornar solo para que a semente germine penso que seja a máxima do APRENDER.
 E a tolerância? Ah, sem ela não poderíamos dar sequencia a esse mistério. Não me refiro a tolerância com relação aos outros, me refiro a auto tolerância. Tolerar nossos maus humores, nossa insatisfação, nosso desespero, nossos impulsos, nossas fraquezas, nossos desânimos... E não desistir.
Quer aprendizado mais profundo do que esse?
(...)

"Ainda que falássemos a língua dos anjos, sem amor nada seríamos"


A faculdade nos dará os caminhos da ciência, das comprovações, dos testes, dos resultados, mas somente quem a cursar com a alma poderá levar  muito mais dela, o aprendizado.
E tenho certeza que os profissionais de maior destaque são aqueles que tem um caso de amor com conhecimento desejado.

Tenho entendido que não sairei sabendo de todas as teorias, de todas as regras, de todas as datas e todos os nomes importantes, mas posso sair marcada pela história, pelas pessoas, pelo contexto, pela   romance traçado entre eu e aquela que escolhi para amar... A PSICOLOGIA.

Rubem Alves disse em um de seus brilhantes textos que a pessoa é aquilo que ama. Ao inverso de Decartes "Penso, logo existo", ele disse: "Amo, logo existo!"

Aprender é um ato de amor que expõem sem palavra alguma a alma do amante.
Quem aprende se alimenta, porém nunca sacia a fome. Aprender é uma arte que graças a Deus não virou ciência, e por isso é infinita e incontestável.

Agora tudo fica muito claro... ´"É PRECISO NASCER DE NOVO"
Somente quem se permite aprender pode renascer a vontade, a cada novo aprendizado um novo nascimento.
Isso pode ser poético pros corredores de uma faculdade, mas pra VIDA tenho entendido que é matéria básica.

Clarice Lispector, uma incansável aprendiz nos deixou o seguinte:

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo"

Só se aprende quando não se entende! 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

O Batismo


Está chegando o dia...
Bem, deixo aqui registrado quão é grande a minha emoção e alegria de iniciar no dia 28/07/2014 o meu 1º dia de aula no curso de PSICOLOGIA.
Sabe o que mais me incentiva escrever aqui? É porque daqui 5 anos quando eu estiver terminando eu quero poder reler esse texto que hoje escrevo e perceber o que me acompanhou, quais as sensações que se tornaram sentimentos e quais as sensações que o vento dissipou. Quero ser objeto de estudo de mim mesma.

Pra muitos uma graduação é apenas um titulo, uma obrigação que a sociedade exige. Eu tbm pensava assim. Hoje vejo nessa graduação a oportunidade de descobrir um grande tesouro. Me sinto como que um pirata em companhia de companheiros adentrando num barco pirata e indo em busca do tesouro perdido. Só que a navegação não será pelos sete mares, será no meu mundo estelar.
Desde a oficial matricula até a data de hoje fui inundada por uma torrencial de acontecimentos. Sem que eu pudesse entender num primeiro momento, esses me levaram do frenesi ao choro incontrolável, me fazendo viver em exatamente um mês momentos que pareciam uma eternidade.
Situações que eu achava que já estavam sob o controle das minhas emoções, mas não estavam. E a cada situação o meu objetivo me fazia forte e fraca. Fraca porque a cada situação eu me reconhecia um pouco mais nua, despida de tantas certezas. Forte porque a cada fraqueza eu mirava o meu objetivo e humildemente seguia o trajeto. Isso faz lembrar o meu batismo!

Quando batizada eu era um bebê de 3 meses tendo em minha liderança meus pais e padrinhos. Me deram uma veste branca e me disseram que eu deveria trilhar a vida sem que mancha alguma a sujasse, me deram uma vela como símbolo de luz na minha jornada e sobre a minha cabeça jogaram água dizendo que ali nascia um alma cristã.

Esse "batismo" que agora fui submetida não me deram veste, ao contrário, arrancaram todas as roupas da minha alma. Não me foi dado nenhuma vela, descobri que dentro de mim existe uma luz tão incandescente que poderá me conduzir por caminhos surpreendentes. E sobre a água, essa não foi um pouquinho no alto da cabeça, fui afogada. Foi um batismo que durou um mês!
O que afogou?
Um eu imaturo, mesquinho, mimado, astuto, prepotente. Emergindo então uma criatura leve, convicta que todas as verdades são verdades e que todos os caminhos são caminhos. Nasceu alguém! Quem sabe daqui um tempo esse se afogue tbm, mas a cada afogamento um novo nascimento.

Atravessarei o portal. Pra cá do portal uma Suellen batizada na lei dos homens, pra lá do portal uma Suellen batizada na lei natural da vida.
Deus é tão... tão... Que palavra alguma o descreve. Querer descreve-lo é limita-lo à nossa pobre consciência, prender um pássaro em uma gaiola.
Não quero dizer que Deus não esteja nas leis dos homens, eu quero dizer que ELE está muito, mas muito além dessas estéreis leis. Eu tenho vivido e sentindo isso a cada nova etapa.

Quando o cerco fechar, quando a tempestade chegar, não pense que está perdido. É nesse momento que Deus estará promovendo o nosso batismo.
 Não há como não temer, inclusive temer faz parte do processo, nos dignifica e nos concede humildade.
Quando a emersão acontecer, e acredite - sempre acontece - algo bom e verdadeiro nascerá.

Ahh, um detalhe... Esse "batismo" não se pode agendar, esse ritual é da natureza, é do Poder Supremo. Quando acontecer não terá como não identificar tal momento sagrado.

A GENTE SENTE!


sexta-feira, 27 de junho de 2014

A ALEGRIA EM FORMA DE PORTAL

Dia 27/06/2014 às 9:41 inicio essa escrita...

Começo falando de ALEGRIA. Uma Alegria diferente de todas as que já senti, ela não é entusiasta, não é eufórica, não é insegura, não é utópica. Essa alegria é firme, é consistente, chega até ser silenciosa mas emocionante.
Esse sentimento tem simbolicamente a forma de um portal.
Estava eu andando em um labirinto e depois de tanta procura por uma saída eis que encontro um pórtico,  não consigo ver e nem mensurar o que enfrentarei do lado de lá, só sinto alegria de ter encontrado o inicio de uma fase.

Sou convidada nesse momento a diluir-me, eis me a condição exigida para adentrar no portal.
Banhar-me despida de trajes em águas purificadoras
" A imersão na água simboliza um retorno ao estado que procedeu a forma , uma total regeneração, um novo nascimento, porque imersão significa uma dissolução de formas, uma reintegração à condição informe  que precede a existência, de igual maneira, emergir da água é uma repetição do ato da criação em que a forma foi expressa pela primeira vez" Eliade, Patterns in Comparative Religion"

Já faz um tempo que tenho vivido um momento de crisálida. Resolvi percorrer meu labirinto na solidão, pensar, refletir, não buscar bases alheias para gerar comparações e então tomar decisões. Procurei e continuarei eternamente a buscar pela minha base, minha voz, meu coração. O resultado é fantástico; estou eu diante deste indescritível momento. Momento de se jogar nesse liquido diluídor e emergir limpa para atravessar o portal.
Já me contaram que essas águas afogam o que não é realmente verdadeiro, confesso uma pontinha de receio por não saber o que vai emergir, ou se vai emergir.


O sombrio do desapego me acompanhou nessa primeira fase toda, e parece que me acompanhará na segunda também. 
O que muda e me dá um toque de confiança é porque agora quem está e liderar o caminho é alguém mais sábio que o meu eu, continua sendo eu, mas um "EU" muito mais amplo.

Hoje é um dia em minha vida muito marcado pela presença da Felicidade!

Aos que me lêem, e quase não conseguem me entender por conta das minhas analogias malucas, peço desculpas. Confesso que nem eu muitas vezes me entendo e só analogando que eu me acho... hahaha, mas em palavras mais objetivas eu deixo uma mensagem...

Cor - é um termo do latim que significa CORAÇÃO. Quando dizemos vamos dar mais cor em nossa vida, quer dizer de fato: Vamos dar mais coração à nossa vida, dar mais espaço para seus sábios conselhos.
Coragem - também deriva de Cor "Coração", a fonte da coragem é o coração. Corajoso é aquele que age com o mestre interno.






Agir com o coração é um desafio para nossa racionalidade, mas acredite, é nele e com ele que está o verdadeiro sentido que  buscamos nessa vida.
Deixe ele falar, ele tem várias formas pra isso... Sonhos, intuições, fantasias, projeções.
Se permita, mesmo achando loucura!

É verdade que para isso se faz necessário uma crisálida, suas falas são tão minuciosas que captar sua transmissão num mundo como o nosso, é quase impossível. Há, e ele tbm não disputa posição, não faz estardalhaço para ganhar atenção. Se preferir ouvir outra coisa ele silencia sem mágoas, mas não insiste.

Ouvi-lo exige disposição e sacrifício!






segunda-feira, 26 de maio de 2014

Providenciando o funeral


Ainda estes dias eu dialogava com uma grande amiga citando que a forma educativa de nosso PAI SUPREMO é de  uma genialidade tão profunda que duvido encontrar no homem uma criação educacional psicopedagógica semelhante em nossa sociedade e mundo, e vou embasar o porque;

Quando eu comecei a ser inserida na cultura de minha família, do meio onde participo, refiro-me a 1º infância, muita coisa começou a soar estranho. O que posso citar como a mais impactante e turva à minha consciência na época era sobre imagem que ensinaram de Deus.
Quero deixar bem claro que não estou a render criticas aos meus pais e familiares, vejam, eu disse "inserida na cultura", cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas, e comportamentais de um povo ou civilização. Precisamos entender que não somos  vitimas de uma educação errada de nossos pais, é preciso isenta-los de nossos traumas, eles são apenas representações legais de uma civilização a nos inserir nessa tal civilização. Eu faço aqui a analogia que eles são a serpente que nos induz ao fruto proibido e logo a expulsão do paraíso. 
Nossa, já posso imaginar que se alguém chegar a ler isso, vai entortar o nariz para mim e dizer: A Suellen está dizendo que nossos Pais é o demônio?

Viu só como a imagem de Deus nos ensinada é turva. Porque a serpente precisa ser vista como do mal? Porque a expulsão do paraíso é o pior das mazelas? Porque Deus foi e é tão radical?
Era isso que não entendia muito bem até poucos dias atrás. Se Deus é amor porque expulsou? Se Deus é misericórdia porque castiga? Se Deus tudo sabe porque deixa sofrer?
E por mais que as mais diversas religiões tente de todas as formas explicar, sublimar, esperançar, ficam frestas que continuam a passar dúvidas, porque religiões são feitas por homens e logo dão mostras que o homem não é representante de Deus (Falsos deuses)

Em quanto quisermos entender a mente de Deus através da mente humana mais longe estaremos DELE. Nosso Pai Amado não é para ser entendido e sim para ser sentido. O conhecimento racional nos afasta de Deus e nesse ponto que o insight me estala! 
***Tudo o que estou a escrever aqui não é baseado em teorias e sim na minha prática de vida. Não estou a fazer discurso, estou apenas transcrevendo a minha atual vivencia, deixando registrado. Porque? Porque se cultura é um conjunto de manifestações diversas de um povo, eu sei que a minha contribuição, por mais que singela, contribui para a metamorfose de nossa civilização. Ahhh, se soubéssemos quanta força tem nossa individualidade!!! ***

Pois bem, minha vivencia tem me feito sentir e entender de forma profunda que Deus quer nosso desligamento D'ele, Ele quer que desenvolvamos nosso conhecimento racional,  por isso nossos pais são a serpente a nos conduzir a ir em busca do mundo. Somos instigados a construir um perfil, nossa ocupação, nossa formação, nossa posição social, nossa visualização pro mundo, mesma que seja de mendigo, andarilho, não importa, precisamos construir um perfil, igual Facebook, sabe? Vc precisa se apresentar de alguma forma, caso contrário será um inoperante. Ora, se nascemos na terra é pra ser um terráqueo. Se fosse pra "ser nada" não teríamos nascido. E quanto mais consistente vai ficando nosso perfil mais longe de Deus vamos ficando, quanto mais forte é a nossa personalidade mais fraco é o nosso sentir de Deus, apesar de termos a convicta certeza que personalidade forte e perfil consistente é sinonimo de inteligência e sabedoria.
***Eu fico imaginando Deus muito feliz com esse afastamento,  Ele deve dizer: Esse é meu garato(a), está ficando no ponto pra iniciar o retorno pra casa. Logo de tão maduro vai despencar da árvore e aí sim estará bom para a colheita***

Deus Maldoso? Não! Ele não nos quer igual a zumbi em seu redor, o seguindo por seguir, o adorando, o exaltando apenas com o intuito de que nos livre do mal. ELE nos quer por inteiro, quer a nossa decisão mais profunda e enérgica. Ele nos quer humilde para que então conscientes aceitemos o SEU HABITAR em nós.
E então, no auge de nossa fortaleza nos faz sentir medo, insegurança, ter dúvidas, e não refiro de coisas banais, me refiro a algo que nos ameace a enfraquecer nossa personalidade, a falsear a estabilidade de nosso perfil,  que ameace nosso despencar da árvore como fruto podre.
Não adianta lutar contra a natureza, vamos despencar!
Bendito seja esse despencamento!!!

E voltamos pra Terra, e viramos húmus (não estou falando de morte) estou me referindo em se estatelar, se arrebentar no chão, cair na terra e virar terra.
Aqui, neste momento, entendemos a educação divina e profunda de nosso PAI, até nos estrebuchamos um pouco antes de nos rendermos, mas logo entendemos e aceitamos ser húmus,  ser terra, aceitamos estar com ELE , e só então humilidificados viramos semente e florescemos .
(Lembra da parábola do filho pródigo?)

Em resumo, Deus precisa que construamos nossos castelos de areia, precisa que façamos nosso perfis no facebooks da vida, precisa que participemos do mundo, ELE precisa que de tão maduros nos estatelemos no chão...
DEUS incentiva nossa expulsão, torce pela nossa aventura humana, deseja nossa morte e ALEGRA-SE com o nosso funeral. Ele sabe que é a única forma de nos voltarmos verdadeiramente pra ELE e estar com ELE.


E aqui no solo do meu mundo interior, igual a fruto podre, despretensiosa de tudo que já fiz e construi até aqui, sentindo o dilacerar  dos vermes que devoram minha carne podre, ME SINTO FELIZ.
Sinto que algo vai morrer, já está morrendo, já iniciei o processo funerário do morto para que muito em breve algo novo e verdadeiramente divino comece a florescer!


sexta-feira, 9 de maio de 2014





















O Paradoxo do nosso tempo não é um inimigo, apenas será se não tomarmos consciência dele!
Não é preciso romper com o meio que se vive,  desde que o mundo não te dissocie de vc mesmo. Se isso chegar acontecer, e se sabe quando isso acontece por conta de uma canseira que é NÃO é física, se ajunte, se remonte, se comungue, e só então reata novamente com o mundo.
O mundo só será melhor quando as criaturas que o habitam não forem repartidas ao meio.



sexta-feira, 2 de maio de 2014

Filosofando e comungando...

Como esse espaço se trata de um diário, lá vai mais um acontecimento meu que pode ser publicado. Sim, porque tem alguns que não podem... rsrs
Como desejo que as minhas vivencias possam inspirar aos que por aqui passam!

No dia 23/04 eu vou ao centro da minha cidade em busca de mais um livro indicado pela minha caríssima analista, porém mal sabia eu que a busca por esse livro me levaria a encontrar bem mais do que um titulo. (Na verdade, não voltei com um livro, voltei com três)

Eu aproveitei meu horário de almoço. Sai do meu escritório ao 12:00 hrs e peguei o ônibus. Gosto de andar de ônibus! Ando tanto de carro por conta do meu trabalho que quando posso mudar não titubeio.
Ao adentrar dentro do ônibus lembrei de uma Suellen adolescente que estudava num colégio chamado Lamenha Lins. Eu pegava todos os dias o mesmo ônibus no mesmo horário, sempre com uma mochila nas costas, alguns livros na mãos e muitos sonhos no coração. 
Puxei pela memória e tentei me lembrar, que sonhos eram? Quais deles ainda permanecem latentes depois de 14 anos? Quais eu realizei? Quais ainda me esperam para serem realizados? Quais morreram por não terem sidos regados? 
O que aquela Suellen deixou de herança para essa atual? O que eu devo àquela Suellen juvenil?

Chego ao meu destino, desço do ônibus e sinto fome. Antes de ir ao endereço do sebo lembro de um gosto, de um paladar todo marcado por lembranças. Procuro pela lanchonete onde quando criança minha mãe me levava para comer X Salada e suco de laranja., longe de ser um Madero, mas me alimentou como tal. Ali sentada naquela mesinha vendo o corre-corre das pessoas pude viajar até minha infância, meu jeito infantil e mais uma vez não pude evitar as perguntas... O que devo aquela Suellen? O que dela é responsabilidade hoje? Quais eram os sonhos daquela consciência infantil?

Ao pagar a conta no caixa, vi babaloo no baleiro... Nossaaaa, a quanto tempo não sinto o gosto daquele caldinho que se mistura àquela goma! E então, senti.
Saí mascando babaloo e subitamente lembrei da minhã mãe dizendo: "Masca de boca fechada menina, senão vai parecer uma vaca ruminando" kkkkk Sabe que já me peguei falando quase as mesmas palavras para o meu filho?!
Quantos vernizes passado nesse tábua crua que já fui!

Chego no sebo, compro os livros e volto de ônibus lendo um livrinho pequenino do Nietzshe "O livro do Filosofo". Me deparo com o seguinte trecho;
"Quando se atinge o aprimoramento da vida, cessará o filosofar? Não, é então que somente que começa o verdadeiro filosofar. O Juízo sobre a existência é revelar mais a respeito, pois tem diante dele o acabamento relativo, todos os véus da arte e todas as ilusões."

Longe de me achar no aprimoramento da minha vida, mas ao ler essas belas palavras me senti lisonjeada por estar sendo amparada pelo ilustríssimo Nietzshe.
Às vezes me sinto uma boba, pois essa vontade de falar, de rever, de se questionar, de se aprofundar, de reflexionar, de tudo virar motivo para publicação me faz sentir piegas, desajeitada a um mundo que tem pressa, que não tem tempo para isso, não tem tempo para mim... 
E aí mais uma vez lembrei-me que quando criança, minha brincadeira preferida era escrever cartinhas, cartões para todos da família, fazer livrinhos... Quando adolescente era preencher meus diários, fazer cadernos de poesias... Cresci! E por eu não ter tempo pra mim me perdi.  Perdi o hábito de filosofar. Sinto que aos poucos estou reencontrando, ou ainda, ela está me buscando.

Esse trecho do livro do filosofo acendeu em mim uma força, uma certeza.
A cada momento de nossas vidas é preciso ser revelado mais a respeito, pois diante do novo momento é possível conscientizar-se de nossa história, de nossa origem, de nossa missão nessa terra. A cada novo momento existem "grandes efeitos das coisas muitas pequenas".

No dia 25/04 eu sonho em estar comprando um doce de banana que tem a forma de uma hóstia, quase uma lua em noite de céu aberto...


Aquela imagem não me saia da cabeça, até que um pensamento murmurou-me : Comungue-se!






Comunhão: Comum + união. "Ato de realizar ou desenvolver alguma coisa em conjunto/ Harmonia no modo de sentir, pensar, agir, identificação: Comunhão de pensamentos"
Penso que hoje, 17 anos depois da minha 1º comunhão, aquela realizada em celebração solene, estou a comungar do verdadeiro pão. Um pão que nutre, que uni, que harmoniza, que em comum união junta, monta, estrutura, identifica. 
ESTOU A COMUNGAR COMIGO, COM O UNIVERSO, COM A VIDA!

Demorei um bocado para vivenciar esse momento, esse despertar, procurei em tantas coisas essa "comum união"... Mas nada me trouxe tamanha numinosidade como esse "filosofar" esse conhecimento de mim que estou a buscar e a encontrar.

Se conselho fosse bom, não se daria vendia né?! Mas isso aqui não é conselho é apenas um filosofar... rsrsrs
Comungue-se de você! Para comungar de Cristo e de Deus é preciso sentir e entender o que querem de nós, quais seus pensamentos, suas essências e suas verdades. Como encontrar tudo isso? Somos um ostensório vivo. Deus está dentro de nós, basta nos entendermos e nos amarmos, logo estaremos a COMUNGAR DO PÃO VIVO. E nesse processo, a comum união com universo se faz.
Sabe o que é mais gostoso? Essa comunhão não tem fim, cada sabor é único, cada fim é um começo, cada degustar é eterno!



quinta-feira, 17 de abril de 2014

Passagem!

Eu quero falar de passagem!
Algumas coisas me levam a esse assunto. Estou com uma semana que fiz a passagem dos meus 28 para 29 anos. Estamos nos aproximando da Páscoa, data que aprendi ainda na escola, ser uma passagem. E por fim, estou acompanhando a passagem do meu estimado avô para o momento, tão sagrado quanto o nascimento, a morte.

Minha escolarização foi em escola de freiras e por isso durante os 8 anos que lá estudei tive como matéria ensino religioso.Como eu gostava dessas aulas! Não, não ensinavam sobre a fé ou como ter fé, lá eu aprendi a história do homem em busca desta tal "fé". Nessa matéria teve uma história que prendeu minha atenção e que eu particularmente gosto muito, é a de Moisés e do povo hebreu em busca da terra prometida. Eu me lembro da minha professora Irmã Luci dizendo que essa história tinha uma essência, a passagem da escravidão para a liberdade. A mesma essência que nos leva ao entendimento da Páscoa Cristã, passagem da morte para a vida eterna.
Todo o contexto me fascinava, a história de vida de Moisés, a sua revolta contra o sistema, sua fuga para o deserto, a voz que queimava como fogo em salsa, a negociação para alforriar o povo, a fuga, a chegada à margem do mar vermelho, a travessia, os 40 anos pela busca. Me fascinou durante algum tempo pelo romance, pela fantasia, pelo tom de milagre que ecoava em meu ouvido. Hoje me fascina pela busca, pela luta, pela esperança, pela história, pela coragem.
Quando me refiro à fantasia, faço essa referencia porque eu resumia essa história da seguinte forma: Um povo sofredor e oprimido, um líder, um Deus e pronto. 40 anos depois chega-se a Jerusalém! Eu não conseguia mensurar as dificuldades, as lutas, os medos, as derrotas que foi preciso experimentar para tal enredo. Mas hoje, ao sentir na pele, ou melhor, na alma, a energia de uma passagem, uma parte de minha consciência nasceu!

Mesmo sendo oprimida, escrava, mesmo sendo subordinada a um "alguém" ou a si mesmo, existe uma espécie de zona de conforto, existe segurança, certeza. O preço é alto a se pagar mas é mais alto ainda o preço da liberdade, pois não há garantias, não há um ponto fixo e palpável a se esmerar. Quando se decide por tal, é preciso sentir algo muito maior a motivar e a liderar, assim como a voz que como fogo queimava em salsa para Moisés, caso contrário, a passagem nunca será concluída. Sempre se chegará a margem e ali ficará, à beira de si mesmo.

Pense em ir a uma viagem onde não se sabe qual a temperatura, o que se terá para comer e se terá algo para beber, se terá onde repousar... A única coisa que se sabe é que irá para ficar, não se pode voltar, não há volta. ***Nós mulheres certamente levaríamos umas 3 malas tamanho família de rodinhas, umas 5 nécessaires e bolsas trançadas sobre os ombros. Roupas para todas as situações, sapatos para as diversas eventualidades e claro, comidinhas. Tudo bem, levaríamos uma casa ambulante!*** Agora pense em andar kms e kms... Perderíamos os braços.


É preciso se despir de toda parafernália, de todo contexto, de tudo que soma. Só se faz a passagem quando se está nu, quando se está a mercê.


Hoje posso entender os cultos aos deuses de ouro daquele povo no deserto, como julgar? Pois se largar, se jogar ao nada, ao vazio, traz medo, insegurança. Eles precisavam de suas muletas psicológicas, assim como nós precisamos até hoje.





Neste momento, ALGO MAIOR me motiva, me lidera para tal passagem. Sinto já ter ido algumas vezes à margem do mar vermelho, mas ele não se abriu. Falta meu povo, falta gente da minha gente para a travessia. Preciso encontra-los para que o mar abra passagem ao meu coletivo singular. Já sinto uma ponta de receio... Não poder levar minha bagagem, minha soma, meus títulos, minhas vitória, confesso... Me desestrutura! Mas maior que o meu medo é o brilha que encanta os olhos, encontrar meu Povo! Quem são as criaturas que preciso juntar, reunir, plasmar a mim? Ou eu me plasmar a eles?
Mal posso esperar para encontra-los...

O meu avô? Ah, esse já está no deserto chegando próximo do destino. Acho que ele já pode avistar as muralhas.
Tenho acompanhado sua travessia e posso testemunhar sua luta para se encontrar onde se encontra. O seu semblante sereno e sua áurea iluminada exteriorizam que o que ele vê é lindo, é DIVINO.

Todos os povos, todas as criaturas, independente do tempo, sempre hão de buscar a liberdade. A Passagem e a peregrinação é fundamental, sem ela não há essência, não há individuação, não há transformação, não há unidade com a fonte SUPREMA.

Que a Páscoa , essa data tão simbólica, com tamanha energia, circule em mim, em você, a busca pela PASSAGEM.
Que a figura de Cristo seja o nosso maior exemplo de Peregrino a ser seguido!

domingo, 6 de abril de 2014

Sequestrador

Alguns caminhos me trouxeram para algo que eu achava não precisar, ou melhor,  que eu dizia que um dia procuraria, mas o faria por amor a essa ciência linda que é estudar a alma humana.
Pois bem, esse tempo chegou e no dia 8/03 estava eu sentada de frente a uma figura que mudaria um tanto o meu caminhar, ou para onde caminhar.  Sim, estou fazendo analise! Mas repito,  procurei por isso porque quero estudar, aprofundar conhecimentos... (Como sou uma boa caçadora de ilusões... rsrsrs)
Ora, qual outro motivo eu teria para ir à busca disso?!
Me conheço, sei que sou , conheço e tenho responsabilidade sobre todos os meus defeitos, das minhas virtudes então! Sou super reflexiva, tenho tudo internamente bem organizado. Sei para onde vou, onde quero chegar, tenho meus objetivos.
Outro motivo não teria, apenas estudar.  Eu só queria ajuda técnica e especializada para resumir em poucas horas tudo o que se aprende em anos de estudo de psicologia.
Modesta eu né?!
Estou na indo para a 4º sessão, e... A casa caiu! Destelhei o meu telhado, estou no relento sem certeza alguma.
Sei lá, nem sei se deveria compartilhar algo assim, mas como o blog se chama diário de uma vida em evolução, não hesitei. Me deu uma vontadinha de escutar, ou ler um comentário camarada que só venha a confirmar: “ É assim mesmo, fica tranqüila!
 Agora, sem falsa modéstia e nem maldade, uma espécie de sentimento me deixa tranqüila, não segura e muito mesmo convicta, mas tranquila, calma, em paz.
Imagine que esses dias eu pude ser apresentada ao Seqüestrador. (Calma, não mudei o assunto, ainda estou falando de mim, da minha loucura e da minha analise) Pois então, falei com o seqüestrador. O Sequestrador não é uma figura ruim e nem má, apenas seqüestra.
Eu tinha e ainda tenho dentro de mim um personagem chamado Sequestrador. Ele me disse que só faz isso, me seqüestra de mim mesmo, porque eu não me relaciono bem comigo. Porque eu não me ouço, porque eu não me permito entender o que se passa, então ele é obrigado a seqüestrar minha consciência, e agir, tomar a frente da situação.
Loucura? Também achei num primeiro momento, mas quando fui dando voz para essa figura, pude compreender quantos de nós temos seqüestradores internos. Quer ver só?
Quando agimos mediante a um padrão social, quando seguimos cegamente linhas traçadas por conveniências, quando carregamos nossas caricaturas mediante ao mundo que habitamos, estamos sendo seqüestrados.
Eu questionei porque ele faz isso, e sabe qual foi a resposta? “Ora, não é vc que gosta de estar a frente de tudo e de todos e que gosta de deter todos os conhecimentos?! Se eu não lhe aprisionar vc não será essa imagem de força e audácia que quer estampar.
O Sequestrador é um aliado. Prende-me a margem de mim mesmo para que eu não pague mico de me expor mediante ao mundo.
Quando disse a ele que não queria mais ser refém e seqüestrada, se mostrou triste. E hoje eu entendo porque, porque ele é um pedaço de mim que me protege e já consegue mensurar que sofrerei a medida que eu realmente me deparar com a minha sublime realidade.
Que choque! Sou alguém que se permite ser seqüestrada, ser refém, porque não se conhece em profundidade. Logo eu, tão certa e convicta de tudo...
Sabe, me lembrei de Pedro, apostolo de Jesus, que disse ao nosso Mestre ainda em vida terrena que estaria pronto para ser preso e morrer com o senhor. Jesus neste episódio respondeu: “Eu digo a você, Pedro, que hoje mesmo, antes que o galo cante, vc dirá três vezes que não me conhece.”
Jesus, não era mágico e nem adivinho, apenas conhecedor profundo da psique humana, sabia que Pedro era refém de um personagem austero.
O que me alivia um pouco é saber que, agora, vou à busca de mim em passos lentos, negociando de forma amigável meu resgate.
 Aos que não desistiram do texto e chegaram até aqui informo: Como estou em negociação com o meu seqüestrador, ora ele me permitirá romper com o racional, ora seguirei sua refém seguindo os padrões. Se esse post soar a 1º opção, ficarei levemente empolgada, pois é sinônimo que a minha negociação comigo está surtindo efeitos.

 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Manifestar-se...

O Poder da manifestação, talvez seja o maior de todos os poderes que Deus nos concedeu!Hoje, em quanto escuto a natureza se manifestar em um céu encoberto por nuvens escuras e carregadas e por seus reluzentes raios e trovões, me ponho a me refletir sobre esse poder...

Num dia desses em um grupo de estudo do qual faço parte , ouvi em oração palavras de agradecimento de uma senhora . Ela agradecia por ainda manter o poder de se Manisfestar. No auge dos seus 80 ela agradecia por ter a graça da manifestação.

Eu, de olhos fechados buscando conexão com o poder supremo e auxiliando na corrente de boas energias de nosso grupo fui sugada por um ponto de interrogação. Como eu nunca me atentei a algo tão profundo? Agradecer por ter a condição de se manifestar! Como eu tenho me manifestado? Eu tenho utilizado esse recurso?

Por um instante me vi num corpo adoecido, sem condições de fala... Sem poder falar onde dói, o que me irrita, o que me agonia, o que me comove, o que me ganha, o que me perde, o que me abala, o que me encanta, o que me agrada.... E voltando pro meu corpo saudável, apto para os todos os sentidos não pude deixar de pensar que estou a desperdiçar tal recurso, tal poder, tal presente...

Senti-me envergonhada por não valorizar, por não saber utilizar essa ferramenta que a minha irmã experiente zela e agradece a Deus por ainda conceber.

Buscamos tantos poderes, buscamos tantas conquistas que não conseguimos apreciar aquilo que já é nosso, que nos pertence, mas que a qualquer momento, por um capricho do destino ou por uma consequência dos anos vamos perder.

Fico a pensar ainda que esse tal poder quase sempre é utilizado para manifestar palavras rudes, reclamações, depreciações de tudo e todos. Tudo bem, é um manifesto. Mas e se tivéssemos uma contagem, uma espécie de relógio controlador de manifestações, se tivéssemos um tempo... Ex: Aos 40 vc perderá esse poder! De que forma usaríamos essa ferramenta sabendo que a mesma tem tempo e hora para acabar?

Será que ainda assim passaríamos 40 anos reclamando do governo, da sociedade, do mundo, da justiça, do sistema religioso, dos nossos pais, vizinhos, parentes, da promoção que não ganhamos, do reconhecimento que não veio, do imposto, do preço do pão e etc. Simplesmente jogando palavras ao vento.

Eu confesso, tenho tantas coisas que tenho medo de manifestar que acabo por não fazer, porém me vejo desperdiçando energias com manifestação do escalão que citei acima. Mas pensando no tal "marcador" chego a ter agonia de pensar que o tempo está passando e que poderei perder o tempo, o momento, a oportunidade...Não são reclamações, são sentimentos, emoções, desabafos.

Manifestar o que realmente sou! Não, essa Suellen que alguns conhecem não é personagem e nem tipo, mas acredite, sou muito mais "aquilo" que vcs não podem ver.

Desculpe se vou ofender, mas todos, sem exceção, somos o que não manifestamos.

E sabe, olhando pra minha irmã natureza eu reflito cá com os meus botões: Ela não deixa de ser linda, encantadora, soberana, só porque num belo dia ela decide emburrar-se e se debulhar em lágrimas pesadas, lagrimas que muitas veses em sua força faz estragos.

A Natureza não perde sua Divindade só porque sua manifestação de fúria machuca o homem...

O MAR não deixa de ser Majestoso mesmo quando manifesta-se traiçoeiro engolindo em sua profundeza vidas que deixam saudade.

A ROSA não deixa ser bela mesmo quando tira sangue das mãos que acolhe, manifestando-se em defesa.

E mesmo com esses exemplos e consolo eu ainda tenho receio de me deparar com a minha fúria, com a minha defesa, com a minha destruição, ainda tenho medo de exteriorizar aquilo que já se manifesta no recôndito do meu EU.

Ahhhh, depois daquele dia e daquela oração, eu peço... Peço a Deus que eu tenha coragem de manifestar-me, peço a Deus que eu tenha sabedoria de fazer, peço ao meu Pai que seja paciente comigo e faça o meu "contador" ser longo... rsrs

Peço a Deus que o meu poder de manifestação não seja superfulo e mundano, nem rebelde, que seja profundo, que seja intenso, pode até ser feio mas que não perca a Divindade que habita em mim.

E neste momento... os meus sentidos observam o exteriorizar do universo numa sinfonia de sons, imagens e sentir...

(Bombinhas, 10 de março de 2014)

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Valer a pena...

Todos os acontecimentos a mim são importantes, e tudo por mais pequeno que seja, rende pano pra fazer um jogo completo de cama king size. kkkk
Desta forma, tentar escolher algo especifico para concentrar energias e render divagações particulares é um tanto difícil...
Desde a minha ultima postagem aqui, já vivi uma avalanche de emoções e sentimentos, situações diversas, situações tão triviais mas tão impactantes...
Mas em meio a solidão citada anteriormente, em meio a solidariedade buscada, em meio a tristeza de algumas decepções, em meio a alegria de momentos peculiares, teve uma expressão que mexeu comigo; "TUDO VALE A PENA". É engraçado, mas depois dessa expressão dita a mim por um amigo, uma sincronicidade universal me apresentou por duas vezes o seguinte pensamento de Fernando Pessoa "Tudo vale apena quando a alma não é pequena"

Então, faço a leitura que o universo carinhosamente quer me codificar uma mensagem, um carinho, um alerta, um puxão de orelha, algo que me dar, me ensinar, me notificar...
Não acredito em coincidência, acredito que tudo que nos chega, seja por onde chega, é direcionado e dedicado a cada um em especifico.

Você já se sentiu assim tocado por uma situação, musica, poesia, leitura, encontro?
Se já, bem vindo ao clube dos comunicadores sensitivos ou imaginativos. Se eu disser que isso é ruim estarei me fazendo de arrogada, porque é tão gostoso se sentir acarinhada por uma força maior, saber que alguém cuida de você, zela e interage pela sua evolução...
Mas é preciso cuidado! Interpretar esse sinais carece de uma amadurecimento psicológico porque caso contrário poderemos de forma vitimada fazer leituras que só circula o nosso interesse e opinião.

Pois bem, longe desse amadurecimento psicológico vou riscar um esboço que certo ou errado, está aqui dentro de meu peito.
Diante das 3 vezes que a expressão "Tudo Vale apena" chegou... Me peguei questionando o que de fato valia a pena....
E hoje quando saí da casa de meus pais, de um tradicional almoço em família, de um bate papo de opiniões diversas, de um encontro com personalidades tão diferentes.... pude compreender o quanto valeu apena ter nascido ali, naquele seio...
Valeu a pena as brigas, as desavenças, os ressentimentos, os bicos, os risos e abraços. Valeu a pena ter sido a filha pródiga depois de quase 25 anos de submissão conformada, valeu a pena ser a soma de erros e acertos daquelas figuras ao qual chamo de PAI E MÃE.
E pensar que os meus pais já foram motivos de tantas lagrimas acompanhada de tantas reflexões e julgamentos... Já os culpei, confesso, por ser assim...Assim, essa Suellen que vos escreve.
Mas indo mais fundo, entendi quê o que me difere dos meus inúmeros irmãos nessa terra não são minhas qualidades, e sim os meus defeitos. São eles que me impulsionam para a minha individuação e graças a eles, os meus defeitos, que me esforço para ser melhor.
Bendito sejam ELES, meus pais, por terem esculpido em mim suas dores, seus traumas, além claro, dos ensinamentos, valores e amor, pois hoje sei que valeu muito a pena, porque a alma deles..... Ahhh a alma deles!! São seres de almas sedentas por amor.

O que me enche de alegria é ter tido o insight capaz de clarear os meus olhos e ver em tempo capaz de ser vivido quão importante é o erro, o que não deu certo... Pois é depois dessa compreensão que as minhas criticas cedem espaço para a tolerância, que deixo de ser mártir de um mundo utópico e de fato passo a contribuir para o acerto, para  fazer dar certo.

Posso andar por caminhos tortos e escuros, mas o que me guia é a certeza que tudo vai valer a pena, porque hoje, hoje minha alma não é assim uma Brastemp, mas busca algo, busca melhorias, busca amar...
Houve um tempo em que eu busquei apenas justificativas, hoje eu busco alternativas!




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Meio Assim...

Já passei da fase de achar que eu não sou normal, quer dizer, ainda tenho recaídas... kkkk
Eu tenho umas vontades loucas de exteriorizar em palavras coisas que nem eu sei o que é, mas a vontade está lá, chega a me tirar a paz, me traz  uma certa aflição, como se eu estive em atraso com algum trabalho tendo hora e dia para entrega.
Aí, tento buscar inspiração, intuição, para tentar desvendar o que o meu lado oculto quer escrever, fico quietinha, introspectiva, ao ponto de me irritar comigo mesmo, pois tem horas que sinto que estou chata, mas mesmo que eu tente sair da introspecção, algo me segura no casulo, dizendo... Ainda não está no tempo! E de repente os sinais...
Leio uma postagem no face aqui, outra acolá, escuto conversas de companheiros, diálogos de afetos sagrados, leio o que estou sentindo, observo minhas atitudes... e pluft, o tema sugi, e será SOLIDÃO!!

Essa semana diante da minha introspecção forçada por mim mesmo me peguei num seguinte dialogo com o meu marido, onde era mais ou menos assim...
Marido: O que foi amor? Porque está com essa cara? "Meio assim"....
Eu: Nada, estou assim porque vc tbm está "meio assim"...
Marido: Ahhh meu bem, estou cansado..
Eu: Pois é, tbm estou cansada...

"Meio assim" quem nunca viveu essa emoção?! hahaha. Nós somos bom nessa coisa de neologismo...
Pois bem, ficar "meio assim" é quando estamos com aquela cara de cachorro pedinte, desejosos de algo, seja de descanso, de dinheiro, de carinho, ou de um simples abraço...E neste momento, a perigosa solidão nos ronda, louca para nos acorrentar em sua correntes frias.
Quando ficamos "meio assim", o erro mais grave que cometemos é querer que o outro num ato sobrenatural de adivinhação consiga ler em nossos recônditos o que queremos. Tente sentir o tamanho da complexidade da situação, muitas vezes nem nós sabemos o que queremos de fato, mas ficamos indignados porque o outro não adivinhou, é mole?! E aqui, neste ponto exato nos emburramos, nos isolamos, nos vitimamos e nos damos de bandeja para a solidão.
E isso não é particularidade de relacionamento conjugal, em todos os relacionamentos isso acontece. Desejamos que o chefe perceba que estamos num mal dia e alivie a nossa carga, desejamos que a mãe perceba nossa vontade de comer aquela comidinha e nos convide para um almoço inesperado, desejamos que o amigo perceba nossa necessidade de conversar e arquitete um café ou um happy hour, desejamos que o mundo pare, porque hoje precisamos de um respiro...
Mas e porque não falar?? Porque queremos ser surpreendidos, tem que haver a magia da homenagem, queremos ser homenageados.
Homenageados?? Sim. Ora, por todas as coisas que fazemos, por todos os serviços que prestamos, por todo o carinho que damos, pelo amor que distribuímos...Hãm??
Pasmem, mas a Solidão nos abraça porque caímos na cilada de dar e receber. Queremos sim receber com juros e correções tudo aquilo que damos, muitas vezes é num ato inconsciente, mas é esse inconsciente que nos arma a tal cilada e nos faz ficar "meio assim".
E depois de se fazer refém dessa Solidão, o preço do resgate é um tanto alto...

Vinicius de Moraes deixou uma escrita linda sob o titulo "Da solidão" onde ele cita o seguinte;

"Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre." 

A maior solidão é a do ser que NÃO AMA. Se queremos recompensas, reconhecimento, será que realmente estamos distribuindo AMOR? (Digo AMOR no intuito de resumir todos os demais adjetivos)

Ao invés de esperar em nossos tronos inconscientes  vamos descer do mesmo e dar aquilo o que estamos sentido falta. Se sentimos necessidade de um abraço, demos um abraço, se sentimos falta de um elogio, elogiemos, se sentimos falta de uma compreensão sejamos nós compreensivos...
Fácil? Não é... Mas posso garantir que é gratificante!
Não sejamos nós os que semearam pedras do alto de uma torre fria e desolada... 

Ao invés de sermos SOLITÁRIOS vamos ser SOLIDÁRIOS...
 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Caminhada...

Eu faço uma alegoria da vida onde a mesma é uma longa trilha e que somos andarilhos percorrendo por tal caminho.
Começamos sozinhos e no decorrer da caminhada vamos somando e angariando companheiros de jornada. Junto deles subimos montanhas, despencamos ladeiras, enfiamos o pé na lama, vislumbramos cenas lindas e compartilhamos momentos de felicidade. Brigamos, nos zangamos e em vários kms dessa jornada caminhamos em silencio, ressentidos com os nossos companheiros de trilha da vida.
Nessa trilha há os caminheiros experientes... Alguns sábios, que tentam transferir de forma serena conhecimentos e dicas. Outros marcados por traumas, que tentam de forma autoritária liderar a matilha usando da coação para manter seus estimados "protegidos", eles não são maus são apenas refém de situações que não conseguiram superar.
Nessa trilha tbm há os iniciantes...Alguns extrovertidos, que vem destemidos e confiantes em vencer a trilha. Alguns inibidos, quem vem e seguem a marcha da caminhada sem contestar porque tem receio, incertezas e inseguranças.
Geralmente nessa mistura entre calouros e velha guarda, conflitos de todos os tamanhos se instalam tirando a paz e a harmonia da jornada, mas trazendo doses interessantes de expansão de consciência e  introspecção, permitindo aqui crescimentos individuais.
Alguns diminuem as passadas e optam em ficar pra trás, outros aceleram e por sua vez tbm se distanciam, outros sentam em alguma pedra e se acomodam, mas em nenhuma das situações, o intimo de cada andarilho deixa de latejar a vontade de vencer a trilha com Glórias.
Claro que, para alguns Glória é chegar sem alarde, de mansinho, mesmo que demorado. Para outros é chegar com diferença dos demais, com reconhecimento e louros. Outros ainda, é chegar de forma astuta, nem que pra isso seja preciso prejudicar os companheiros.

Pensei nisso tudo não com o intuito de opinar quem são os certos ou errados, apenas de conseguir entender que mesmo aquele que me restringi, que me breca, que não me entende, que aquele que saiu na frente e me deixou, que aquele que não me acompanhou e ficou pra traz, que aquele que preferiu a inércia da acomodação e tbm me deixou partir sozinha, não são meus desafetos e opositores, são andarilhos como eu em busca de chegar....Porém cada qual com a sua resistência, seus limites emocionais e seus pensamentos. 

 Mas sabe...
Em algum instante dessa caminhada, uma vontade louca de sair de cena vai nos invadir.. Não estou me referindo a interromper o percurso e muito menos um ato de desamor com os nossos parceiros de trilha, se negando a compartilhar com eles dessa travessia, não! Inclusive, esse momento sempre é fruto de discórdia, pois quase sempre não somos entendidos quando desejamos exteriorizar essa vontade, que nada mais é uma necessidade de poder subir num cume bem alto, mas muito alto mesmo, e lá de cima, sozinho consigo mesmo, visualizar tudo o que já foi caminhado e tentar ter uma projeção do que ainda virá, mesma que seja nebulosa. Necessidade essa, que não se limita a uma personalidade especifica, todos nós temos, mas  poucos tem coragem de se permitir.

Muitos vão seguir a massa sem maiores permissões a si mesmo, outros talvez não cheguem até o final (relativamente) porque se permitiram...
Felizmente nessa caminhada não existe uma ciência exata, o que existe é a certeza que  a cada momento cada um de nós compõe suas possibilidades e independente qual seja a criada por nós, a mesma é vital e DIVINA para a nosso despertar.

COMO ESTÁ O NOSSO TRILHAR PELO CAMINHO DA VIDA?


domingo, 26 de janeiro de 2014

Renuncia...

Em Curitiba tem feito um calor que nós curitibanos desacostumados com a presença do astro rei já começamos a clamar pela fiel e companheira chuva. Aquela chuvinha mansa, mas forte, com seu pingos grossos que chega a doer as costas de quem se aventura a andar sob ela.
Sabe, a vida também é assim... Tão acostumados com algo ou alguém que só notamos sua falta ou clamamos pela sua constante rotina quando os mesmos se desmaterializam de nossos olhos, mãos ou simplesmente somem do nosso alcance...
Eu lia essa semana que uma das tônicas do AMOR é a renuncia. E quem estiver lendo deve estar se perguntando: Oque isso tem haver com a chuva do incio da postagem? Nada, talvez só o fato da chuva ter renunciado a nossa cidade por alguns dias... hahahahah

Mas voltando ao assunto da renuncia, que tbm é amor, descubro que renuncia é muito mais amplo do que abdicar. 
Os apaixonados e entusiastas do amor dizem que em nome desse amor se abre mão de si mesmo, da sua individualidade em função do ser amado. Se abdica de gostos, de companhias, de jeitos e trejeitos para agradar, para não gerar conflitos, pra manter a harmonia. 
Desculpe-me os defensor dessa tese, mas eu chamaria tais atitudes de omissão. Anular-se para que a harmonia seja estabelecida não é amor, é conivência com o desamor. Sim, o desamor a si próprio. Se agredir para que o outro esteja em sua zona de conforto, ou na sua zona de inercia é desrespeito ao seu coração, a sua moral, a sua paz. De forma alguma estou a insultar a tolerância à dois, pois acredito que é preciso sim em um relacionamento ponderações, estou a caminho do meu 8º aniversario de casamento e sei na prática o que é isso.

E por estar nesse caminho fascinante da relação conjugal é que tenho observado que existe uma diferença bastante interessante na renuncia que nos ensinaram, pais, avos, sociedade de um modo geral... E na verdadeira renuncia , aquele proferida pelo maior homem da história, Jesus Cristo.
A renuncia que aprendemos é aquela que já citei acima, que eu identifico como omissão. Muito vivida pela mulheres nos tempos antigos, mas que hoje não é exclusividade do sexo frágil. "Abdicar do interno em favor do externo"
A verdadeira Renuncia é aquela que se abdica do externo em função do interno. Ou seja, que se abre mão do ser amado em favor de algo maior, de uma causa mais profunda, e por isso é uma tônica do AMOR. Verdade, não muito compreendida por aqueles que se vem ainda enraizados em seus Egos. Sim, porque renunciar à alguém a quem amamos muito por não concordar, por não ser conivente às suas atitudes, ou condução da vida, não é frieza, descaso e nem tampouco egoismo, é amor compreensivo, manso e pudente, capaz de entender que não podemos mudar o outro e nem estabelecer regras de conduta baseado na nossa vontade. Seguir nosso caminho sem magoas ou ressentimentos do esforço que desprendemos, do tudo que nos doamos, não é busca de posição de superioridade, pois se demos amor verdadeiro e sincero não se deve  esperar recompensas, nem retribuição.
Ainda não sabemos partir... 
Com o pretexto de "vou dar uma chance a mais" se postega o momento tão fatídico de que deveremos nos questionar, "Será que realmente é Amor ou Posse?"
O Amor só alcança sua maior nota, seu amadurecimento quando se renuncia com alegria, em obediência ao Poder Supremo, compreendendo a sublimidade de seus desígnios

Jesus, no momento do Calvário, atravessava as ruas de Jerusalém, como se estivesse diante da humanidade inteira, ensinando a virtude da renuncia por amor à algo muito maior....

Que a chuva, quando cair, possa refrescar nossos corações e assim ajudar-nos a decidir qual o momento da partida... Que não seja já, e nem tão longe...Que seja bonito e natural, capaz de aumentar o tom dessa musicalidade chamada Amor.


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Durante o dia da gente sempre há um fato, um acontecimento, um conversa... Em fim, um momento que marca o nosso tempo.
Em algumas situações se trata de algo que vem consolar; Um amigo que aparece tempos depois, qual vc esperou muito mas não esperava mais, e então surgi com um papo tão gostoso que te surpreende, um fato que te comprova que vc não estava errado, um carinho de alguém que vc não espera...
Em outras situações, algo que vem te trazer pra realidade: Uma discussão com alguém que vc não esperava discutir, um susto que te fez dar valor na vida, a decisão de alguém próximo que te atingi te fazendo sair da sua zona de conforto...
Em outras situações ainda, algo que vem te encher de alegria e esperança; Um céu azul com sol soberano em dia de sexta-feira, o canto de um pássaro, o sorriso de uma criança, um e-mail motivador de alguém que vc estima muito, uma comidinha boa na companhia de alguém agradabilíssimo, um gesto de gentileza de um estranho, um "bom dia" de quem vc não conhece...
Na verdade mesmo, se nos dias de nossa curta passagem chegarmos a  ir ao encontro de nossos travesseiros sem um acontecimento registrado em nossa memoria, é preciso pensar e se questionar: Que anestesia é essa que apliquei em mim que está me fazendo passar pelas 24 hrs do meu dia sem extrai nada de um segundo qualquer?(...)
Não importa se o momento foi consolador, chocante, alegre ou triste, o que importa é que se estava lá, de corpo e alma vivendo tal momento. Afinal, tal momento será nosso degrau para escala evolutiva, individual, mas tbm coletiva.

Comecei descrevendo tudo isso porque ontem ao ir para o meu travesseiro, levei comigo a imagem, o momento vivido, da minha vó tentando sair do meu carro. Ali, naquele instante eu me deparei com a lamentável constatação que a velhice a alcançou. Sempre tão livre e independente, sempre tão cheia de vida, e com um olhar sempre tão forte me mostrou sem querer mostrar sua debilitação física, sua perca de equilíbrio nas pernas e sensorial, sua apatia diante da vida. Eu não sei quando realmente começou, mas ontem eu tive a certeza que minha vó entrou no ultimo estagio da biologia humana.
Foi triste, foi chocante...Mas pensando bem, fiquei grata com Poder Supremo por me permitir estar diante de um momento tão lindo, onde posso comparar como o instante de um nascer, pois eu tenho diante das minhas mãos a oportunidade de zelar e afagar uma criatura que muito em breve nascerá para a eternidade.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A minha mais nova receita de felicidade...O meu blog!

Refletindo sobre a minha forma de conduzir a vida atualmente, me peguei observando que já não a conduzo como antes. Se for para render uma analise sobre mim eu diria que mudei pra melhor, claro! Mesmo que eu dissesse que não foi pra melhor subjetivamente eu diria que o "não melhoramento" faz parte do contexto e por tanto é importante e tão logo necessário. E aí, exatamente neste ponto que eu vejo que tenho conduzido a minha vida de uma forma diferente, atualmente tudo pra mim é necessário, importante e digno de valor.
A cerca de 3 anos UM FATO me fez vivenciar situações que arrancaram de mim o que de melhor eu tenho, mesmo na época achando que não, que se arrancava de mim o que de pior eu tinha, e por isso relutei em exteriorizar.
Ser invadida por mim mesmo, à medida do tempo, fez com que os meus olhos ganhasse um jeito novo de olhar. Eu reaprendi a trilhar caminhos de forma como se uma nova criatura dentro de mim nascesse sem padrões do que é certo e errado, e desta forma os meus limites já não eram externos e sim internos e apenas íntimos. Acoplada a essa nova criatura vinha junto uma espécie de Guia, alguém que não vinha para me julgar e apontar como estava acostumada (como todos estamos acostumados) esse veio a me ensinar ponderar, refletir, ajudar a escolher. Sabe aquela frase: "Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém?" Esse Guia interno começou a me ensinar a ser seleta, porém em nenhum momento me proibindo, me coagindo ou chantageado. Tudo a minha volta não perdia valor e nem significado, apenas não era o mais importante, o importante era eu comigo mesma.
Lógico que não foi assim lindo e poético. Gerei conflitos, situações embaraçosas, mal estar aos meus, mágoas e desapontamentos, mas foi aqui que também aprendi a sutileza do reconhecer-se errônea e da força da palavra "desculpa", e ainda, que o sentido da PAZ interior é estar fiel ao seu EU mais profundo, mesmo que isso seja causa de guerras e conflitos externos.
Pois bem, tempos depois fui sendo contagiada por uma vontade louca de escrever sobre esses momentos. Num passado não muito longe eu me contentava em ter isso só pra mim, uma espécie de diário, mas a medida que que o "tempo" foi passando (mais uma vez o bom e amigo tempo) eu comecei a sentir que ficar com isso só pra mim era egoico, sem função. Mas em contra partida eu me sentia inconveniente em dedilhar meus pensamentos, pois comecei a sentir que nem todos se encontravam na mesma sintonia que a minha. Pensei em desistir, largar mão dessa piegues que me toma conta, mas eu descobri que não se trata apenas de um sentimentalismo aflorado, se trata de uma verdade. Uma verdade que não me convenceu, uma verdade que me transformou.
Um insight surgiu... Porque não um blog? Um cantinho onde eu possa depositar o que de melhor tenho a oferecer dando à aqueles que se sentirem atraídos sementes de bom animo, conforto, e compreensão diante da vida. Reforçando esse súbita intuição eis que o destino me presenteia com o seguinte: "O melhor da vida é dar. É ser semeador. A riqueza do mundo pesa, vergando o possuidor para baixo. O tesouro do amor ergue a criatura, fá-la voar, livre e feliz, nos córregos do infinito. Esvazia de qualquer ambição a tua vida, para que pobre de poder, tenhas rico de amor o coração" Lindo né? (...)
O meu objetivo aqui não é ter números de seguidores ou numero de comentários, elogios ou coisa assim... Objetivo em jogar sementes, reflexões, pensamentos... Se atingir é porque o solo é fértil, se não florear não terá problemas, porque eu com essa atitude já me sinto livre e feliz.
Tenho certeza que esse novo ciclo vai me deixar alguma coisa pra amar e pra recordar....